O recrudescimento de crimes de raptos em Moçambique está a fazer com que um maior número de empresários abandonem o país e como consequência haja menor investimento no mercado, segundo o porta-voz da Confederação das Associações Económicas-CTA.
“Quando um empresário se retira do país significa que o negócio também sai do país. E muitos deles vão investir fora e não em Moçambique. Paulatinamente, vão fechando algumas indústrias e empresas comerciais”, disse, Adelino Buque.
Ela falava hoje em Maputo, no final de um encontro entre as associações empresariais que constituem o sindicato.
Sem avançar os dados sobre os empresários que já se retiraram do país, ele disse que este movimento migratório é uma das principais consequências dos raptos, havendo até empresas que já estão a encerrar as suas portas.
A CTA está ainda a analisar o impacto económico da retração de investimentos que o país está a sofrer. Sendo que de imediato assiste o esvaziamento do campo empresarial moçambicano.
Por outro lado, o também porta-voz do encontro, Zuneide Calmias disse que o conjunto de associações ponderam paralisar as actividades económicas no país com forma de se solidarizar com as vítimas de raptos.
“Não está nada decidido. Esta é uma ideia que tem sido apresentada pela maior parte das associações, como solidariedade às vítimas. Mas, por enquanto, são apenas sugestões. Nós vamos privilegiar o diálogo para tentar resolver o problema”, disse.
Ademais, clarificou que o sindicato empresarial ainda não tomou conhecimento oficial sobre o pagamento de uma taxa de circulação aos raptores para os empresários poderem circular com normalidade.