Moçambique está a preparar o seu primeiro Relatório Bienal de Transparência e a terceira Comunicação Nacional, com o objectivo de se qualificar para aceder ao fundo de perdas e danos do clima no âmbito da COP28. O financiamento destina-se aos países mais afectados pelas alterações climáticas, proporcionando-lhes a assistência necessária.
Neste contexto, a directora nacional para a área de Mudanças Climáticas, Jadwiga Massinga, revelou que o Ministério da Terra e Ambiente está a liderar o desenvolvimento dos dois documentos que abordam os fenómenos climáticos observados no País, impactos, medidas de mitigação e adaptação.
“As comunicações são elaboradas a cada quatro anos e os relatórios a cada dois. Os documentos descrevem as acções desenvolvidas para a redução de emissões de gases com efeito estufa e vão auxiliar na formulação de políticas, estratégias e projectos de desenvolvimento sustentável”, justificou.
A responsável explicou que a sucessão de desastres naturais, como ciclones e secas, tem forçado Moçambique a usar a maior parte dos seus recursos para reconstruir, em vez de investir em infra-estrutura resiliente.
“Esta situação ilustra claramente os desafios de perdas e danos enfrentados pelo País, que são intensificados pelas limitações económicas e pela dependência de assistência internacional”, reforçou.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.