A decisão final para a retirada de Moçambique da Lista Cinzenta do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) deverá ser tomada no primeiro trimestre de 2025, refere um relatório da reunião sobre a matéria que foi divulgada recentemente, em Paris.
O porta-voz do governo, Filimão Suaze, anunciou o facto em conferência de imprensa, minutos após o término da 32ª sessão ordinária daquele órgão soberano, que teve lugar nesta terça-feira em Maputo.
“O que nós trouxemos de Paris é uma informação satisfatória segundo a qual tudo o que temos feito até agora foi apreciado positivamente. Portanto, os progressos são bons e poderíamos dizer, de forma optimista, que tudo indica que poderemos ter bons resultados”, disse Suaze, que também é vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.
Durante a reunião, segundo a fonte, ficou provado que o país avançou em vários indicadores, sendo que alguns estampavam em vermelho e em outras cores, estão cada vez ficando em verde.
Moçambique está seriamente comprometido em reforçar o seu sistema financeiro como parte de uma abordagem proactiva para mitigar riscos associados ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Neste contexto, o governo está empenhado em estabelecer um quadro normativo sólido e adoptar práticas modernas que assegurem conformidade com os padrões internacionais.
Tais padrões promovem transparência, eficácia e segurança no sistema financeiro nacional.
Na mesma sessão, o Executivo aprovou a Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2025-2031, um documento que estabelece as principais directrizes para a expansão do acesso e aumento do uso de produtos e serviços financeiros acessíveis e de qualidade.
A Estratégia, segundo Suaze, vai contribuir para um crescimento económico inclusivo, consolidando, assim, os esforços já iniciados para responder às necessidades dos principais grupos desfavorecidos.
O instrumento introduz “temas transversais como as mudanças climáticas e potencializando a inovação tecnológica, alinhando-se tanto com as tendências globais com o contexto nacional”.
Por fim, o Conselho de Ministros criou o Comité Nacional de Inclusão Financeira 2025-2031. Trata-se de um órgão de coordenação que reúne os vários sectores relevantes envolvidos na implementação da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2025-2031, e na promoção da inclusão financeira no país.