Um especialista em sondagens da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, diz que os jovens que ajudaram a eleger Donald Trump estão a dar-se conta de que cometeram um erro e sentem-se “extremamente insatisfeitos” com a atuação do presidente.
Redacção
Um especialista em sondagens da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, diz que os jovens que ajudaram a eleger Donald Trump estão a dar-se conta de que cometeram um erro e sentem-se “extremamente insatisfeitos” com a atuação do presidente.
Um especialista em sondagens da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, diz que os jovens que ajudaram a eleger Donald Trump estão a dar-se conta de que cometeram um erro e sentem-se “extremamente insatisfeitos” com a atuação do presidente. John Della Volpe, diretor de sondagens do Instituto de Política da Escola Kennedy de Harvard e também conselheiro de campanha de Joe Biden em 2020, disse ao Daily Beast Podcast, na terça-feira, que os jovens que ajudaram Donald Trump a regressar à Casa Branca estão “a voltar-se contra ele”.
Após cinco meses turbulentos, os jovens estão “claramente extremamente insatisfeitos”, disse o investigador, afirmando que os índices de aprovação de Trump entre os mais jovens estão na casa dos 30.
“Cada vez mais jovens estão preocupados que Donald Trump esteja a fazer-lhes mais mal do que bem. É basicamente o que mostram as sondagens”, disse.
Della Volpe afirma que estes eleitores sentem que não viram retorno nas promessas feitas por Trump durante a campanha em relação à economia e outras questões domésticas.
O especialista de Harvard refere-se, especificamente, aos jovens entre os 18 e 24 anos que apenas viram Trump como presidente durante o início da pandemia e que, portanto, não conseguiram fazer uma avaliação totalmente informada sobre a sua prestação.
“Pessoas no fim dos 20 anos e início dos 30 que se lembram do Trump 1 eram mais propensas a apoiar os democratas, certo? Então, honestamente, a preocupação delas é a mesma coisa que nos preocupa a todos nós”, acrescentou Della Volpe.
“Eles pedem, exigem, alguma estabilidade na vida deles, especificamente em relação à economia e às finanças. É tudo sobre isso. Mas eu acho que os mais jovens têm uma perspetiva diferente”, disse.
Della Volpe explica que os homens mais jovens, especificamente, foram atraídos pela faceta machista de Trump. “Eles procuravam Donald Trump como alguém que não defendia as instituições, mas sim como alguém que pudesse usar a sua força para defender pessoas economicamente inseguras”, explicou.
“Acho que era realmente uma questão da força da sua pessoa, diferente de algumas políticas específicas. Era isso que os atraía, especialmente homens mais jovens”, acrescentou.
A última sondagem da equipa de Della Volpe, publicada no final de abril, constatou que apenas 15% dos jovens norte-americanos acreditam que o país esteja a caminhar na direção certa e são menos de um terço aqueles que aprovam o presidente Trump.