A Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA), revelou esta quarta-feira (24) que desde 2022 a esta parte, mais de 150 empresários foram raptados e cerca de 100 já abandonaram o país. Nesta ordem, os empresários exigem do Governo medidas enérgicas.
Os empresários já não sossegam devido ao aumento exacerbado dos raptos no país, diz Pedro Baltazar, presidente do pelouro de segurança e protecção na CTA. “No âmbito do fenómeno dos raptos contra os empresários em Moçambique, a CTA tem desencadeado a advocacia em prol da sua eliminação, desde as primeiras ocorrências.”
A CTA junto dos seus associados, tem auscultado de forma permanente sobre as melhores abordagens para a erradicação deste mal e, face ao aumento de casos tem partilhado com o Governo recomendações para acabar com o fenômeno.
“A CTA tem estado, ainda, a partilhar com a imprensa, nos comunicados anteriores, os impactos negativos que este fenómeno tem causado na economia, e passados cerca de 12 anos desde a ocorrência do primeiro rapto, achamos que é tempo suficiente para que o Governo se posicione de forma mais pragmática e dar um ‘basta’ a este mal”.
Eduardo Sengo, director-executivo da CTA, considera que o envolvimento de membros das Forças de Defesa e Segurança nos raptos inibe os empresários raptados de colaborarem com as autoridades, e é por isso que os empresários exigem um posicionamento claro do Governo. “A colaboração do empresário vai ser cada vez maior no esclarecimento do que está a acontecer na prestação de informação, como tem estado a exigir o Ministério do Interior”.